Fim de ano é sempre a mesma batida. A gente se promete coisas que não serão cumpridas; se compromete com pessoas que acabamos por não ver mais; agradecemos e pedimos; comemos e bebemos juntos e nos visitamos. Tudo enfim que deveríamos fazer nos demais dias do ano por uma razão ou outra não fazemos. Por que o tempo é curto pras demandas, porque as prioridades clamam por nós. E vamoquevamo pensando que vivemos. Ora, pois!
Mas então, topamos fazer diferente este ano? Será?
Eu, por mim, desacelerei legal e tomei resoluções importantíssimas. Principalmente porque, mais do que ao fim do ano passante, se deve à idade chegante. Envelhecer tem dessas coisas. Muda as prioridades. E se antes o centro do universo era o umbigo do outro, porque não colocar o meu nesse lugar? Vai por mim, ligue o foda-se pra muita coisa e vá fazer exatamente o que você quer, quando quiser e como der.
Se ao contrario, era seu próprio umbigo o centro de tudo, não acha que tá mais do que na hora de olhar pra fora? Alô…ô! Tem vida fora do seu mundinho! Tem gente que precisa ser ouvida, vista, amada. Até o maluco da avenida!
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