às vezes desperto como se o dia ainda não começara:
tonta, estremeço aos sons da cidade.
retardo a hora, me canso do tédio
e busco no sono um novo jeito de acordar.
outros dias acordo com certezas.
nesses o sol brilha feliz, o céu é azul, a grama mais verde.
mas, é nesse dia que me sinto presa na roda infindável da cidade.
quero fugir para o dia que nasce comigo,
mas as engrenagens da vida me prendem
e me desesperam.
quando poderei acordar com o sol feliz na cara
andar descalça na grama e me contentar em apenas ser?