Tenho fome
da clareza do dia,
quando a noite
se insinua por dentro de mim
e parece que vivo
imersa num sono
opaco e sem fim.
Não há clarão
que me guie,
nem amostra de vida
que dure
quando a noite avança
e tento em vão
reter os fiapos do tempo
que foge desvairado
rumo ao nada.